sábado, 23 de maio de 2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
Poema OLHAI OS LITROS NO CANTO

Olhai os Litros no Canto
Olhai os litros no canto
Conhaque, pinga, Martini, Cynar
E ainda o boêmio a procurar
Um aperitivo de anis para o quebranto
Olhai os litros em demasia
Destilados de incontáveis sabores
O boêmio em serpentina e poesia
Indisposição fisiologia e desamores
Olhai cada litro de bebida
Até amargas, como a vida o é
O noiteadeiro de Itararé
Aceitando desgraçar a própria vida
Olhai os semblantes perdidos
Dos viciados em aperitivos
São as paixões de seres vivos
Já pela cirrose combalidos
.............................................
Olhai os litros no canto
Se a um barista isso aprouver
Deve haver uma ingrata mulher
Fazendo o pinguço beber tanto!
-0-
Silas Correa Leite, Itararé-SP
E-mail: poesilas@terra.com.br
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Imprensa e Cultura - Silas Correa Leite

IMPRENSA E CULTURA
Já foi o tempo em que você comprava um jornalão dominical e recebia além das informações gerais, nacionais e internacionais, dos quadrinhos, do horóscopo, das palavras cruzadas e jogos de xadrez, das colunas sociais e de fofocas, também alguns belos poemas, variados contos, resenhas de livros de nível, quando não graciosos folhetins em capítulos, e tinha enorme prazer de repassar o jornal pros familiares todos, cada um do lar se identificando com um segmento informativo do veículo impresso, o que tornava a própria chegada do jornal uma festa, uma expectativa. Bons tempos aqueles. Eu mesmo conheci isso. Em casa era uma espécie de “castigo” ler um texto indicado, comentar sobre ele, pensar a respeito, quando não resumir direitinho, e isso fomentou cultura no clã, valorou a leitura (e a escrita) como um vício até, um costume ainda disseminado entre os herdeiros por consciência adquirida. Sorte nossa.
Já foi o tempo que o jornal era preocupado com a cultura como um todo, em que recitais, saraus de poesia e colunas de arte literária eram valorados, disseminando a cultura e propagando o valor da língua mátria, só pra citar Caetano Veloso. Agora os bicudos tempos neoliberais da globalização sem seca são outros. Azar nosso e da cultura brasileirinha que agoniza e morre.
Por incrível que pareça, lamentavelmente o próprio Jornal da Tarde (de São Paulo) que tinha o espetacular Caderno de Sábado totalmente voltado para a cultura muito mais caseira, com crítica literária nacional de primeira, de Erorci Santanna a José Nêumanne Pinto, de Nelson Oliveira a Wilson Martins, e, sem mais nem menos, de um dia pra outro, sem avisos e explicações plausíveis, simplesmente acabaram com o caderno tão ansiosamente esperado, repentinamente extinto sem qualquer bom senso, quando valoraram ainda mais o Jornal do Carro, criaram novos Cadernos de Imóveis, de Turismo, de Informática, veículos e, então a base cultural somada ao veículo informativo foi pra cucuia, infelizmente.
O insosso Caderno 2 do Estadão tem aqui e ali algum espaço cultural muito raso, e, normalmente vem com publicação pseudocultural traduzida de grandes jornais norte-americanos, quando não de algum país da Europa, mas tudo muito água-com-açúcar, raro é um texto que realmente ajuda, raro é um assunto temático que impressione pela qualidade, ficando o leitor interessado em cultura mais abrangente, com os caraminguás de tópicos mirrados sobre teatro, MPB (em decadência), balé, memórias, um e outro site ocasionalmente afim citado de passagem, croniquetas semanais e fim, babau, acabou o antigo grande conteúdo do jornalão dos Mesquitas. Que pena.
A Folha voltou o caderno da Ilustrada para os domingos mas não mudou muito, não evoluiu nada, aqui e ali circunstancialmente valora algum localizado segmento ocasional de cultura, mas muito raro a literatura universal e, claro, contos e poemas inéditos jamais, apesar de nossos “barrados no baile”, os craques na new literatura, inclusive os chamados neomalditos que anseiam por um espaço precioso para mostrarem sua criação e resistência, dando codinome aos bois, parafraseando Millôr. Esses estão fora do contexto midiático e que se arranjem de outro jeito.
Andei sapeando via internet os cadernos culturais dos jornalões do Grande Rio, de Belo Horizonte e plagas acima, depois de Curitiba e todas as grandes metrópoles sulistas e descobri que não muda muito a carestia lítero-cultural. Poemas, contos? Nem pensar. Estão lá os consagrados figurões com suas crônicas de épocas que nem sempre tão criativas, gostosas ou espetaculares, alguns amigos da casa escrevendo o óbvio ululante sobre enfoques narrativos triviais, às vezes, claro, tomando espaço de criatividades novas que dariam fermento hábil para importantes cabeças pensantes da cultura contemporânea que sobrevive com dificuldade nessa marginália literária por atacado desses bravos brasis gerais.
Sobrou o que? Deixei por último de propósito. O Caderno Mais dos Frias, da Folha, que você lê com certo temor adquirido por ranço de rotina costumeira, porque, claro estão lá sempre por rodízios sazonais os mesmos de sempre, dos poetas da casa que são todos de uma mesma editora pequena do Rio de Janeiro - que para disfarçar tem vários nomes de fantasia - Augusto de Campos, Décio Pignátari, e, aqui e ali uma tradução de um arcaico literato russo ou alemão decadente, e, fica-nos a impressão de que eles revezam esses nomes achados nos baús da história, mais um repetitivo Wally Salomão daqui e um ocasional achado caseiro dali, sem qualidade inteira, completa, inédita, de alguma panelinha pertinente, já que não estão mesmo muito preocupados em selecionar gente boa e inédita em prosa e verso, fora das panelas adjacentes, para darem espaço e promoveram a cultura propriamente dita em tempos pós-pós-modernos.
Pior são os artigos que traduzem de outros jornais estrangeiros, matérias esquentadas enchendo lingüiça com páginas e páginas a exaustão de um mesmo assunto chato por ocasião de uma data mundial, de um aniversário batido pela mídia internacional, mas tudo estrangeiro e rococó, chatos, cansativos, quando as opiniões tupiniquins são literalmente café pequeno no espaço. Enfim, o Caderno Mais, nosso último panteão de cultura, nosso último baluarte, está em decadência, estranhamente também decaindo cada vez mais em conteúdo e essência, e tá como a própria Revista da Folha: só coisa reles que não soma nada culturalmente, com honrosas exceções aqui e ali numa edição bem bolada por exceção ou acidente de pauta, talvez. Como eu disse inicialmente, foi-se o tempo em que os jornalões eram motivos de reunião de família, de debates em alto nível, de leitura prazeirosa, de acirrados diálogos em escritórios, clubes e escolas, de troca de idéias monumentais e que permitiam espaço ao rebento criativo novo, veiculando muita poesia e ficção sarada, além de grandes ensaios e generosa crítica artístico-cultural. Afinal, não é, quem é que lê poesia? Poesia não vende, logo, não dá lucro. Que se danem os pobres poetas e suas sensibilidades viciadas em escapes virtuais na internet menos seletiva e boçal, claro, e mais divulgadora pra gosto geral. Afinal, livro ainda é mercadoria, no mau sentido. Então melhor encher os jornalões de cadernos sobre barcos, turismo, casas, carros, esportes, comportamento, sociedade decadente, economia neoliberal globalizada (vade retro!), política, etc. deixando o caboclo leitor brasileiro literalmente a ver navios com a falta de disseminação cultural que poderia mudar corações e mentes, politizar, criar núcleos seletivos que propiciariam a curto e médio prazo mudanças sociais abrangentes no Brazyl S/A de tantos contrastes sociais, tantos lucros impunes, riquezas injustas, muito ouro e pouco pão. Mas, quem é que quer isso a partir da cultura, ou da poesia?.
E nem se habilite o cidadão pensador aí, em mandar um belo texto cultural pra coluna Tendências ou Debates da Folha, ou mesmo um poema inédito e de qualidade pro Caderno Mais dominical, quando não um release sobre evento cultural pra Folha Ilustrada, que eles antes agradeciam formalmente e diziam que já tinham muitos trabalhos bons - então por que não selecionam os recebidos aos montes e suspeitamente só publicam os ruins, de qualidade duvidosa e dos amiguinhos de sempre? - Pois agora eles nem agradecem mais. Não interessa e pronto. Você pesquisa, capricha, formata, junta currículo, envia e nada. Quem mandou querer se escritor, crítico, quem mandou estudar e pesquisar pra isso?
Para a chamada Grande Imprensa a questão cultural não é importante e ponto final. Isso exigiria um ótimo debate. Quem sabe o resgate cultural de nossa grande imprensa passe por uma conclamação geral, acadêmica, jornalística, baseada mesmo em apoio oficial e das chamadas terceiras vias? Acredito e aposto nisso. União Brasileira de Escritores e Associação Brasileira de Imprensa, mãos à obra! Criadores do Brasil uni-vos!.
Curto e grosso, azar nosso. Temos que, ou esquecermos o conhecimento cultural propriamente dito a partir dos veículos de comunicação em geral; repensarmos um jornalismo cultural que deveria ser valorado sob todos os aspectos até como formador de opinião e embasamento politico-educacional, ou, deixar de comprar os jornalões principalmente aos domingos, e comprar, isto sim, uma revista literária de qualidade e, aí sim, ler com prazer, chamar a família pro acervo, clamar pra leitura saudável no meio, reger pesquisas de todos os tipos, cobrar opiniões, trocar figurinhas, valorar no seio do clã a cultura em geral, pois, do jeito que está, se deixarmos que os jornalões e os veículos de comunicação televisivos e radiofônicos do jeito que estão, estamos perdidos, com tantos programas de fofocas e de esoterismos tantãs no rádio, com tantos programas sobre violência policial e de estereótipos de minorias na tevê, para não dizer os infanto-juvenis que, qualquer pai de bom senso vigia e seleciona para os filhotes em crescimento, porque a barra tá pesada nessa área. Novos tempos?. Estamos cada vez pior em cultura na imprensa, e alguém ter que colocar o dedo na ferida, pois, afinal, não é mesmo o bom Leitor que berra?.
-0-
Silas Corrêa Leite - Poeta, Educador, Jornalista. Pós-graduado em Educação, Literatura na Comunicação e Jornalismo para Lideranças Comunitárias na ECA/USP. Livro virtual pioneiro e de vanguarda (e-book) O RINOCERONTE DE CLARICE no site www.itarare.com.br
E-mail: poesilas@terra.com.br. Site pessoal: www.itarare.com.br/silas.htm
Texto da Série: Jornalismo Lítero-Cultural
Blog premiado do UOL: www.portas-lapsos.zip.net
Autor de O HOMEM QUE V IROU CERVEJAS
Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio
Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia
Giz Editorial, no prelo
Já foi o tempo em que você comprava um jornalão dominical e recebia além das informações gerais, nacionais e internacionais, dos quadrinhos, do horóscopo, das palavras cruzadas e jogos de xadrez, das colunas sociais e de fofocas, também alguns belos poemas, variados contos, resenhas de livros de nível, quando não graciosos folhetins em capítulos, e tinha enorme prazer de repassar o jornal pros familiares todos, cada um do lar se identificando com um segmento informativo do veículo impresso, o que tornava a própria chegada do jornal uma festa, uma expectativa. Bons tempos aqueles. Eu mesmo conheci isso. Em casa era uma espécie de “castigo” ler um texto indicado, comentar sobre ele, pensar a respeito, quando não resumir direitinho, e isso fomentou cultura no clã, valorou a leitura (e a escrita) como um vício até, um costume ainda disseminado entre os herdeiros por consciência adquirida. Sorte nossa.
Já foi o tempo que o jornal era preocupado com a cultura como um todo, em que recitais, saraus de poesia e colunas de arte literária eram valorados, disseminando a cultura e propagando o valor da língua mátria, só pra citar Caetano Veloso. Agora os bicudos tempos neoliberais da globalização sem seca são outros. Azar nosso e da cultura brasileirinha que agoniza e morre.
Por incrível que pareça, lamentavelmente o próprio Jornal da Tarde (de São Paulo) que tinha o espetacular Caderno de Sábado totalmente voltado para a cultura muito mais caseira, com crítica literária nacional de primeira, de Erorci Santanna a José Nêumanne Pinto, de Nelson Oliveira a Wilson Martins, e, sem mais nem menos, de um dia pra outro, sem avisos e explicações plausíveis, simplesmente acabaram com o caderno tão ansiosamente esperado, repentinamente extinto sem qualquer bom senso, quando valoraram ainda mais o Jornal do Carro, criaram novos Cadernos de Imóveis, de Turismo, de Informática, veículos e, então a base cultural somada ao veículo informativo foi pra cucuia, infelizmente.
O insosso Caderno 2 do Estadão tem aqui e ali algum espaço cultural muito raso, e, normalmente vem com publicação pseudocultural traduzida de grandes jornais norte-americanos, quando não de algum país da Europa, mas tudo muito água-com-açúcar, raro é um texto que realmente ajuda, raro é um assunto temático que impressione pela qualidade, ficando o leitor interessado em cultura mais abrangente, com os caraminguás de tópicos mirrados sobre teatro, MPB (em decadência), balé, memórias, um e outro site ocasionalmente afim citado de passagem, croniquetas semanais e fim, babau, acabou o antigo grande conteúdo do jornalão dos Mesquitas. Que pena.
A Folha voltou o caderno da Ilustrada para os domingos mas não mudou muito, não evoluiu nada, aqui e ali circunstancialmente valora algum localizado segmento ocasional de cultura, mas muito raro a literatura universal e, claro, contos e poemas inéditos jamais, apesar de nossos “barrados no baile”, os craques na new literatura, inclusive os chamados neomalditos que anseiam por um espaço precioso para mostrarem sua criação e resistência, dando codinome aos bois, parafraseando Millôr. Esses estão fora do contexto midiático e que se arranjem de outro jeito.
Andei sapeando via internet os cadernos culturais dos jornalões do Grande Rio, de Belo Horizonte e plagas acima, depois de Curitiba e todas as grandes metrópoles sulistas e descobri que não muda muito a carestia lítero-cultural. Poemas, contos? Nem pensar. Estão lá os consagrados figurões com suas crônicas de épocas que nem sempre tão criativas, gostosas ou espetaculares, alguns amigos da casa escrevendo o óbvio ululante sobre enfoques narrativos triviais, às vezes, claro, tomando espaço de criatividades novas que dariam fermento hábil para importantes cabeças pensantes da cultura contemporânea que sobrevive com dificuldade nessa marginália literária por atacado desses bravos brasis gerais.
Sobrou o que? Deixei por último de propósito. O Caderno Mais dos Frias, da Folha, que você lê com certo temor adquirido por ranço de rotina costumeira, porque, claro estão lá sempre por rodízios sazonais os mesmos de sempre, dos poetas da casa que são todos de uma mesma editora pequena do Rio de Janeiro - que para disfarçar tem vários nomes de fantasia - Augusto de Campos, Décio Pignátari, e, aqui e ali uma tradução de um arcaico literato russo ou alemão decadente, e, fica-nos a impressão de que eles revezam esses nomes achados nos baús da história, mais um repetitivo Wally Salomão daqui e um ocasional achado caseiro dali, sem qualidade inteira, completa, inédita, de alguma panelinha pertinente, já que não estão mesmo muito preocupados em selecionar gente boa e inédita em prosa e verso, fora das panelas adjacentes, para darem espaço e promoveram a cultura propriamente dita em tempos pós-pós-modernos.
Pior são os artigos que traduzem de outros jornais estrangeiros, matérias esquentadas enchendo lingüiça com páginas e páginas a exaustão de um mesmo assunto chato por ocasião de uma data mundial, de um aniversário batido pela mídia internacional, mas tudo estrangeiro e rococó, chatos, cansativos, quando as opiniões tupiniquins são literalmente café pequeno no espaço. Enfim, o Caderno Mais, nosso último panteão de cultura, nosso último baluarte, está em decadência, estranhamente também decaindo cada vez mais em conteúdo e essência, e tá como a própria Revista da Folha: só coisa reles que não soma nada culturalmente, com honrosas exceções aqui e ali numa edição bem bolada por exceção ou acidente de pauta, talvez. Como eu disse inicialmente, foi-se o tempo em que os jornalões eram motivos de reunião de família, de debates em alto nível, de leitura prazeirosa, de acirrados diálogos em escritórios, clubes e escolas, de troca de idéias monumentais e que permitiam espaço ao rebento criativo novo, veiculando muita poesia e ficção sarada, além de grandes ensaios e generosa crítica artístico-cultural. Afinal, não é, quem é que lê poesia? Poesia não vende, logo, não dá lucro. Que se danem os pobres poetas e suas sensibilidades viciadas em escapes virtuais na internet menos seletiva e boçal, claro, e mais divulgadora pra gosto geral. Afinal, livro ainda é mercadoria, no mau sentido. Então melhor encher os jornalões de cadernos sobre barcos, turismo, casas, carros, esportes, comportamento, sociedade decadente, economia neoliberal globalizada (vade retro!), política, etc. deixando o caboclo leitor brasileiro literalmente a ver navios com a falta de disseminação cultural que poderia mudar corações e mentes, politizar, criar núcleos seletivos que propiciariam a curto e médio prazo mudanças sociais abrangentes no Brazyl S/A de tantos contrastes sociais, tantos lucros impunes, riquezas injustas, muito ouro e pouco pão. Mas, quem é que quer isso a partir da cultura, ou da poesia?.
E nem se habilite o cidadão pensador aí, em mandar um belo texto cultural pra coluna Tendências ou Debates da Folha, ou mesmo um poema inédito e de qualidade pro Caderno Mais dominical, quando não um release sobre evento cultural pra Folha Ilustrada, que eles antes agradeciam formalmente e diziam que já tinham muitos trabalhos bons - então por que não selecionam os recebidos aos montes e suspeitamente só publicam os ruins, de qualidade duvidosa e dos amiguinhos de sempre? - Pois agora eles nem agradecem mais. Não interessa e pronto. Você pesquisa, capricha, formata, junta currículo, envia e nada. Quem mandou querer se escritor, crítico, quem mandou estudar e pesquisar pra isso?
Para a chamada Grande Imprensa a questão cultural não é importante e ponto final. Isso exigiria um ótimo debate. Quem sabe o resgate cultural de nossa grande imprensa passe por uma conclamação geral, acadêmica, jornalística, baseada mesmo em apoio oficial e das chamadas terceiras vias? Acredito e aposto nisso. União Brasileira de Escritores e Associação Brasileira de Imprensa, mãos à obra! Criadores do Brasil uni-vos!.
Curto e grosso, azar nosso. Temos que, ou esquecermos o conhecimento cultural propriamente dito a partir dos veículos de comunicação em geral; repensarmos um jornalismo cultural que deveria ser valorado sob todos os aspectos até como formador de opinião e embasamento politico-educacional, ou, deixar de comprar os jornalões principalmente aos domingos, e comprar, isto sim, uma revista literária de qualidade e, aí sim, ler com prazer, chamar a família pro acervo, clamar pra leitura saudável no meio, reger pesquisas de todos os tipos, cobrar opiniões, trocar figurinhas, valorar no seio do clã a cultura em geral, pois, do jeito que está, se deixarmos que os jornalões e os veículos de comunicação televisivos e radiofônicos do jeito que estão, estamos perdidos, com tantos programas de fofocas e de esoterismos tantãs no rádio, com tantos programas sobre violência policial e de estereótipos de minorias na tevê, para não dizer os infanto-juvenis que, qualquer pai de bom senso vigia e seleciona para os filhotes em crescimento, porque a barra tá pesada nessa área. Novos tempos?. Estamos cada vez pior em cultura na imprensa, e alguém ter que colocar o dedo na ferida, pois, afinal, não é mesmo o bom Leitor que berra?.
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Silas Corrêa Leite - Poeta, Educador, Jornalista. Pós-graduado em Educação, Literatura na Comunicação e Jornalismo para Lideranças Comunitárias na ECA/USP. Livro virtual pioneiro e de vanguarda (e-book) O RINOCERONTE DE CLARICE no site www.itarare.com.br
E-mail: poesilas@terra.com.br. Site pessoal: www.itarare.com.br/silas.htm
Texto da Série: Jornalismo Lítero-Cultural
Blog premiado do UOL: www.portas-lapsos.zip.net
Autor de O HOMEM QUE V IROU CERVEJAS
Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio
Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia
Giz Editorial, no prelo
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Oração Pro Goleiro Feleipe do Timão

Oração de São Felipe, A Muralha do Timão
“Está na Bíblia:
Corinthians Cinco
Versículo Zero...”
Pastor Marcelinho Carioca Pé de Anjo
São Felipe que estais no coração da Soberana Nação Fiel
Ovacionado seja vosso nome pelo muro defensivo que és
Venha a nós mais um título com vossas portentosas defesas
Seja feita à vossa competência
O nosso sucesso de colecionar títulos magníficos
Assim na Terra como no Céu, pois Deus é Fiel
O gol nosso de cada dia nos daí sempre
Ao mesmo tempo evitando a pelota adversária em vossas santas redes
Pois que vestes o Manto Sagrado Do Corinthians
Pegai todas as bolas, matando jogadas, uma Muralha firme e forte
Pois é assim que vos amamos e o acreditamos vencedor
Pois o Mosqueteiro tens defendido com arrojo
Fibra e grandeza imperiosa, numinosa, sagracial
Nunca deixeis de cuidar das traves sagradas de nosso Timão
Livrai-nos sempre da derrota frente a adversários de chiqueiros
Levai o nome do Sport Clube Corinthians aos altos céus
Aos píncaros da glória
Com conquistas, vitórias, defesas arrojadas e títulos preciosos e importantes
Para todo o sempre Goleiro Felipe, Soberano, a Muralha
Amém!
-0-
Poeta Silas Correa Leite, Santa Itararé das Letras, Estância Boêmia, SP, Brasil
Gavião da Fiel só não, um Zoológico da Fiel,
menos os do Morumbambis e as manchas da peste suína
E-mail: poesilas@terra.com.br
Autor de O HOMEM QUE VIROUI CERVEJA
Prêmio Valdeck Almeida de Jesus - Salvador Bahia, no prelo, Geração Editorial
Poema (salmo, oração) da série “Eram os Deuses Corinthianos?”
Blog premido: http://www.portas-lapsos.zip.net/ (Um dos dez melhores das UOL em 2008)
“Está na Bíblia:
Corinthians Cinco
Versículo Zero...”
Pastor Marcelinho Carioca Pé de Anjo
São Felipe que estais no coração da Soberana Nação Fiel
Ovacionado seja vosso nome pelo muro defensivo que és
Venha a nós mais um título com vossas portentosas defesas
Seja feita à vossa competência
O nosso sucesso de colecionar títulos magníficos
Assim na Terra como no Céu, pois Deus é Fiel
O gol nosso de cada dia nos daí sempre
Ao mesmo tempo evitando a pelota adversária em vossas santas redes
Pois que vestes o Manto Sagrado Do Corinthians
Pegai todas as bolas, matando jogadas, uma Muralha firme e forte
Pois é assim que vos amamos e o acreditamos vencedor
Pois o Mosqueteiro tens defendido com arrojo
Fibra e grandeza imperiosa, numinosa, sagracial
Nunca deixeis de cuidar das traves sagradas de nosso Timão
Livrai-nos sempre da derrota frente a adversários de chiqueiros
Levai o nome do Sport Clube Corinthians aos altos céus
Aos píncaros da glória
Com conquistas, vitórias, defesas arrojadas e títulos preciosos e importantes
Para todo o sempre Goleiro Felipe, Soberano, a Muralha
Amém!
-0-
Poeta Silas Correa Leite, Santa Itararé das Letras, Estância Boêmia, SP, Brasil
Gavião da Fiel só não, um Zoológico da Fiel,
menos os do Morumbambis e as manchas da peste suína
E-mail: poesilas@terra.com.br
Autor de O HOMEM QUE VIROUI CERVEJA
Prêmio Valdeck Almeida de Jesus - Salvador Bahia, no prelo, Geração Editorial
Poema (salmo, oração) da série “Eram os Deuses Corinthianos?”
Blog premido: http://www.portas-lapsos.zip.net/ (Um dos dez melhores das UOL em 2008)
terça-feira, 12 de maio de 2009
Prêmio Valdeck Almeida de Jesus "O Homem Que Virou Cerveja"

Itarareense Ganha Prêmio e Lançará Livro de Crônicas
-Participando do Prêmio “Valdeck Almeida de Jesus”, Salvador Bahia, 2009, tendo como desafio lítero-cultural fazer uma resenha crítica sobre a obra de sucesso do escritor Valdeck Almeida de Jesus, o popular Romance “Memorial do Inferno, A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, Giz Editorial, São Paulo-SP”, o Itarareense Silas Correa Leite faturou o primeiro lugar, sendo que o prêmio será o lançamento de um livro de Crônicas, denominado “O Homem Que Virou Cerveja – Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio”, no prelo, pela Giz Editorial de São Paulo. No prefácio do livro o promotor cultural do evento literário assim escreve do escritor Silas Correa Leite, à guisa de prefácio:
“Por ocasião da divulgação de meu livro “Memorial do Inferno – A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, tive a feliz ideia de organizar um concurso para a resenha crítico-literária da obra. Tal iniciativa, não nego, foi também uma forma de estabelecer contato imediato com eventuais tripulantes da “Nave das Palavras”, já que insisto em explorar a órbita da Literatura. O prêmio oferecido ao autor da melhor resenha seria, obviamente, o direito à edição e publicação de um livro. E eis que me vi diante de textos fantásticos, que chegavam de toda parte do país. Já antes da avaliação final, uma resenha, em especial, saltou-me aos olhos. Muito mais que uma resenha, era uma demonstração autenticada do perfeito domínio de palavras e ideias. Estava diante de um ‘artífice das palavras’, não tive dúvidas. Seu autor: Silas Correa Leite. Muito merecidamente, o vencedor do concurso. Era inevitável.
Como é possível constatar, no breve resumo biográfico que acompanha a obra, Silas Correa Leite, entre suas múltiplas atividades, é escritor premiado e reconhecido, nacional e internacionalmente, com poemas e contos que abrilhantam diversas antologias, jornais, revistas e espaços literários importantes, sobretudo na Internet.
Tão logo chegou até mim o ensaio de Silas sobre o “Memorial”, tratei de sair à caça de suas obras, de seus poemas, seus textos. E a cada um que descobria, mais fascinado ficava com a força semântica de sua escrita. Uma forma moralmente fecunda e bela de fazer do verbo a representação da vida, em todos os seus vértices e estertores. Silas Correa Leite parecia já ter nascido pronto para o vertiginoso universo das letras. Não há leitor que passe indiferente por suas palavras, posso apostar.
Silas é autor dos livros “Porta-Lapsos”, “Ruínas e Iluminuras”, “Trilhas & Iluminuras”, “Os Picaretas do Brasil Real” (todos de poemas), “Campo de Trigo Com Corvos” (contos), e “Ele Está No Meio de Nós”, romance Místico, e-book, e do livro virtual de sucesso “O Rinoceronte de Clarice”, tese de mestrado e de doutorado, destaque na mídia, inclusive televisiva, por ser o primeiro livro interativo da rede mundial de computadores. Além de escritor, Silas é também um operário da vida, engajado em projetos e atividades de toda ordem - sempre tendo a ética e a responsabilidade por vertentes, registre-se. É o tempo que escapa. É o correr da vida, como bem assinala Guimarães Rosa: "O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem." E coragem é o que parece não faltar a Silas Correa Leite, ainda que falte o tempo.
Quis o acaso, porém, que o tempo fosse aqui abreviado e que, por meio de um concurso que promovi, este livro tomasse forma. Não preciso dizer do orgulho que sinto em ter sido, de certo modo, o agente viabilizador desse ‘parto’, que traz ao mundo “O Homem que Virou Cerveja”, uma coletânea de quinze crônicas com o poder de encantar e absorver, seja com o humor inteligente levado a sério - e, muitas vezes, extraído da dor, tal como leite extraído das pedras -, seja com a riqueza semântica e a propriedade de retratar cenas do cotidiano com a ‘profunda leveza’ das palavras precisas, seja com a capacidade de roubar um riso, tocar a emoção ou despertar a consciência crítica do leitor. E isto, face à pressa e aridez de nossos dias, já é, no mínimo, uma pequena vitória.
-Participando do Prêmio “Valdeck Almeida de Jesus”, Salvador Bahia, 2009, tendo como desafio lítero-cultural fazer uma resenha crítica sobre a obra de sucesso do escritor Valdeck Almeida de Jesus, o popular Romance “Memorial do Inferno, A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, Giz Editorial, São Paulo-SP”, o Itarareense Silas Correa Leite faturou o primeiro lugar, sendo que o prêmio será o lançamento de um livro de Crônicas, denominado “O Homem Que Virou Cerveja – Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio”, no prelo, pela Giz Editorial de São Paulo. No prefácio do livro o promotor cultural do evento literário assim escreve do escritor Silas Correa Leite, à guisa de prefácio:
“Por ocasião da divulgação de meu livro “Memorial do Inferno – A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, tive a feliz ideia de organizar um concurso para a resenha crítico-literária da obra. Tal iniciativa, não nego, foi também uma forma de estabelecer contato imediato com eventuais tripulantes da “Nave das Palavras”, já que insisto em explorar a órbita da Literatura. O prêmio oferecido ao autor da melhor resenha seria, obviamente, o direito à edição e publicação de um livro. E eis que me vi diante de textos fantásticos, que chegavam de toda parte do país. Já antes da avaliação final, uma resenha, em especial, saltou-me aos olhos. Muito mais que uma resenha, era uma demonstração autenticada do perfeito domínio de palavras e ideias. Estava diante de um ‘artífice das palavras’, não tive dúvidas. Seu autor: Silas Correa Leite. Muito merecidamente, o vencedor do concurso. Era inevitável.
Como é possível constatar, no breve resumo biográfico que acompanha a obra, Silas Correa Leite, entre suas múltiplas atividades, é escritor premiado e reconhecido, nacional e internacionalmente, com poemas e contos que abrilhantam diversas antologias, jornais, revistas e espaços literários importantes, sobretudo na Internet.
Tão logo chegou até mim o ensaio de Silas sobre o “Memorial”, tratei de sair à caça de suas obras, de seus poemas, seus textos. E a cada um que descobria, mais fascinado ficava com a força semântica de sua escrita. Uma forma moralmente fecunda e bela de fazer do verbo a representação da vida, em todos os seus vértices e estertores. Silas Correa Leite parecia já ter nascido pronto para o vertiginoso universo das letras. Não há leitor que passe indiferente por suas palavras, posso apostar.
Silas é autor dos livros “Porta-Lapsos”, “Ruínas e Iluminuras”, “Trilhas & Iluminuras”, “Os Picaretas do Brasil Real” (todos de poemas), “Campo de Trigo Com Corvos” (contos), e “Ele Está No Meio de Nós”, romance Místico, e-book, e do livro virtual de sucesso “O Rinoceronte de Clarice”, tese de mestrado e de doutorado, destaque na mídia, inclusive televisiva, por ser o primeiro livro interativo da rede mundial de computadores. Além de escritor, Silas é também um operário da vida, engajado em projetos e atividades de toda ordem - sempre tendo a ética e a responsabilidade por vertentes, registre-se. É o tempo que escapa. É o correr da vida, como bem assinala Guimarães Rosa: "O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem." E coragem é o que parece não faltar a Silas Correa Leite, ainda que falte o tempo.
Quis o acaso, porém, que o tempo fosse aqui abreviado e que, por meio de um concurso que promovi, este livro tomasse forma. Não preciso dizer do orgulho que sinto em ter sido, de certo modo, o agente viabilizador desse ‘parto’, que traz ao mundo “O Homem que Virou Cerveja”, uma coletânea de quinze crônicas com o poder de encantar e absorver, seja com o humor inteligente levado a sério - e, muitas vezes, extraído da dor, tal como leite extraído das pedras -, seja com a riqueza semântica e a propriedade de retratar cenas do cotidiano com a ‘profunda leveza’ das palavras precisas, seja com a capacidade de roubar um riso, tocar a emoção ou despertar a consciência crítica do leitor. E isto, face à pressa e aridez de nossos dias, já é, no mínimo, uma pequena vitória.
A todos, resta-me desejar uma boa leitura!
Valdeck Almeida de Jesus - Escritor, Promotor Cultural
segunda-feira, 11 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Poema do Cervejólogo, Desce Redondo!
Para o Bloco do Poetinha (Silas Correa Leite)
Clube Atlético Fronteira. Carnaval 2006
Santa Itararé das Artes, Bonita Pela Própria Natureza
Poema do Cervejólogo
DESCE REDONDO
Para Aldir Blanc
Desce Redondo...
Não só a cerveja, o beberrão
Com seu barrigão sarado
Ladeira abaixo rolando
Igual bola de futebol
Desce Redondo...
Na propaganda sai barato
Mas a cerveja engordando
Desce rasteiro o boêmio
Esperando suar o sol
Desce Redondo...
Igualzinho barril de chope
(Com torneirinha e tudo)
Barriga abaixo - a cerveja
Loura gelada, a Skol
......................
Desce Redondo...
Se se descontasse a urina
Só se pagasse o prazer
Seria só redondo o preçoE
BEM VAZIO, O URINOL!
-0-
Poeta Silas Corrêa Leite -De Itararé-SP
Poema da Série Eram os Deuses Corinthianos?
Autor do Romance VirtualELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS
no sitewww.itarare.com.br
E-mail para contatos, ameaças, convites:
poesilas@terra.com.br Site pessoal: www.itarare.com.br/silas.htm -
Porque Hoje é Sexta-Feira Santa, Silas Correa Leite

Porque hoje é sexta-feira
E toda semana é santa
Saiamos para a noite brasileira
Vamos molhar a garganta
Porque hoje é sexta-feira
E o sedentarismo se agiganta
Convidemos a mulher companheira
Para a noitada que se levanta
Porque hoje é sexta-feira santa
Eu peço logo uma cerveja
A mulher pede uma fanta
Eu a chamo de Musa, de Tigreza
Ela me chama de obeso, de anta
Eu a quero de sobremesa
Ela me provoca pra janta
Porque hoje é sexta-feira santa
E ouviremos de Adoniran a Noel
E acordaremos no motel
Porque o Brasil é o nosso céu
Corrupção, Carnaval, escarcéu
Bela lua e um estupendo sol
Novela, contrabando, futebol
Terra que emana leite e mel
Cantemos o samba da Gaviões da Fiel
E representemos bem o nosso papel
De bons noiteadeiros
De alegres baladeiros
Nessa noite que a brisa beija e balança bem brejeira
Porque somos brasileiros
E é santa, a sexta-feira
Porque hoje é sexta-feira
E a semana foi sedentária
Porque a lua tá ali rueira
E a esperança extraordinária
Brindemos a paixão brasileira
Bebamos a turma inteira
Cerveja gelada e farra hilária
Brahma, Skol, Antártica, Bavária
Porque hoje é sexta-feira
Deixemos as estatísticas e ações de lado
Desfraldemos nossa bandeira
Esqueçamos a violência, o banzo, o fado
E com o coração decantado
Em nosso cordão encarnado
Vivamos a boêmia seresteira
Porque hoje é sexta-feira e não sábado
Porque hoje é sexta-feira
Eu que não sou besta
Vou fugir pra balada
Vou cair na gandaia
Se a sexta-feira é santa
A noitada me encanta
Com a cerveja gelada à camarão, MPB, praia
Porque hoje é sexta-feira
Vou descansar da luta da semana inteira
E vou curtir, contar piadas, namorar
Com a turma fuzarqueira
E a minha doce e suave mulher-bandeira
Com a celeste túnica prateada do luar
Vou comer petisco
Vou sambar arisco
Vou subir na mesa
Vou sorrir alumbrado
Vou pendurar o fiado
Espantar a tristeza
Porque hoje é sexta santa
Vou procurar viver, me recuperar
Se a batalha da vida é tanta
O fim de semana se agiganta
Vou ser feliz, sorrir, bebemorar-
Porque hoje é sexta-feiraA
bençoados sejam os humildes-
Porque hoje é sexta-feira
Viva o povo brasileiro
-Porque hoje é sexta-feira
Corinthians, tende piedade de nós
-Porque hoje é sexta-feira
Ninguém segura esse país-
Porque hoje é sexta-feira
Deus nos livre do buraco do Metro
-Porque hoje é sexta-feira
Vade retro PCC, sequestro relâmpago
-Porque hoje é sexta-feira
Vamos abraçar os amigos, a mulher
-Porque hoje é sexta-feira
Em São Paulo é um salve-se quem puder…
Minha terra tem feriado e zorra
De amalgamados cor de café
Não permita Deus que eu morra
Sem que a minha lágrima escorraInundando o rio Itararé…
Porque depois é sábado de ressaca
E a bendita boêmia continua
Aspirina com água mineral paca
E fazer dura caminhada na rua
Supermercado, sacolão, carne de vaca
E de novo à noite a luz da lua
Porque no sábado o poeta acentua
O prelúdio que a sua alma empaca
Sexta-feira e sábado se misturam
Amor e prazer logo se procuram
Os sentimentos novos se depuram
Baralho, pipoca, filme, bingo
Até que se arvora o domingo
Aí é macarrão caseiro na sogra
Cunhada, fofoca e toma xingo
Mas a semana logo se redunda
E amargaremos a chata segunda
Mas no outro final de semana me vingo
E surge de novo a bendita sexta-feira santa
Que a dura semana de dureza suplanta
Porque será sexta-feira de novo
E sairemos do arroz com chuchu e ovo
E estaremos com o nosso povo
Churrasco, baile, forfé, caipirinha
Forró, sertanejo, MPB, modinha
E farra novamente a noite inteirinha
Saravá, Poetinha
Porque toda sexta-feira é santa
Vamos outra vez nos reunir, relaxar
E a companheira que nos imanta
Contra a impunidade, chope e bar
Para encarar essa longa espera
Só no Orkut de toda a galera
Tomar viagra, sonhar, fugir enfim
Da herança maldita do Alckmin
Um poeta sobrevivendo canta
A curtição vivida por inteira
Por isso toda sexta-feira santa
Vamos espantar a bobeira
Caiamos na noitada faceira
Vamos brincar, molhar a garganta
Porque toda sexta-feira é santa
Viva a gandaia geral brasileira!
-0-
Silas Correa Leite
Estatuto de Poeta, Silas Correa Leite
Palestrando sobre o tema "a Arte Como LIbertação"
ESTATUTO DE POETA
Primeiro Rascunho Para um Esboço de Projeto Amplo, Total e Irrestrito
Silas Corrêa Leite
Artigo Um
Todo Poeta tem direito de ser feliz para sempre, mesmo além do para sempre ou quando eventualmente o “para sempre” tenha algum fim.
Artigo Dois
Todo Poeta poderá dividir sua loucura, paixão e sensibilidade com mil amores, pois a todos amará com o mesmo prelúdio nos olhos, algumas asas nas algibeiras e muitas cítaras encantadas na alma, ainda assim, sem lenço e sem documento.
Parágrafo Único
Nenhum Poeta poderá ser traído, a não ser para que a ex-Musa seja infeliz para todo o resto dos dias que lhe caibam na tábua de carne desse Planeta Água.
Artigo Três
Nenhum Poeta padecerá de fome, de tristeza ou de solidão, até porque a tristeza é a identidade do Poeta, a solidão a sua Pátria, sendo que, a fome pode muito bem ser substituída por rifle ou cianureto. E depois, um poeta não precisa de solidão para ser sozinho. É sozinho de si mesmo, pela própria natureza, com seus encantários, mundo-sombra e baladas de incêndio.
Artigo Quatro
A Mãe do Poeta será o magno santuário terreal de seus dias de lutas e sonhos contra moinhos e erranças de gracezas e iluminuras.
Filho de Poeta será como caule ao vento, cálice de liturgia, enchente em rio: deverá adaptar-se ao Pai chamado de louco por falta de lucidez de comuns mortais ou velado elogio em inveja espúria.
Artigo Quinto
Nenhum Poeta será maior que seu país, mas nenhuma fronteira ou divisa haverá para o Poeta, pois sua bandeira será a justiça social, pão, vinho, maná, leite e mel, além de pétalas e salmos aos que passaram em brancas nuvens pela vida. E depois, uns são, uns não, uns vão, uns hão, uns grão, uns drão – e ainda existem outros.
Artigo Sexto
A todo Poeta será dado pão, cerveja, amante e paixão impossível, o que naturalmente o sustentará mental e fisiológicamente em tempos tenebrosos ou de vacas magras, de muito ouro e pouco pão.
Artigo Sétimo
Nenhum Poeta será preso, pois sempre existirá, se defenderá e escreverá em legítima defesa da honra da Legião Estrangeira do Abandono, à qual sabe pertencer, com seu butim de acontecências, ou seu não-lugar de, criando, ser, estar, permanecer, feito uma letargia, um onirismo.
Artigo Oitavo
A infinital solidão do espaço sempre atrairá os Poetas.
Artigo Nono
Caso o Poeta viaje fora do combinado, tome licor de ausência ou vá morar no sol, nunca será pranteado o suficiente, nem lhe colocarão tulipas de néon, dálias aurorais, estrelícias de leite ou dente-de-leão sob o corpo que combateu o bom combate. Será servido às carpideiras, amigos, parentes, anjonautas e guardiões, vinho de boa safra por atacado, mais bolinhos de arroz, pão de minuto e cuque de fubá salgado.
Artigo Décimo
Poeta não precisará mais do que o radar de seus olhos, as suas mãos de artesão sensorial no traquejo do cinzel interior, criativo, sua aura abençoada e seu halo com tintas de luz para despojar polimentos íntimos em verso e prosa, como pertencimentos, questionários e renúncias.
Artigo Décimo-Primeiro
Poeta poderá andar vestido como quiser, lutar contra as misérias e mentiras do cotidiano (riquezas impunes, lucros injustos), sempre buscando pela paz social, ou ainda mamando na utopia de uma justiça plural-comunitária. Quem gosta de revolução de boteco é janota boçal metido a erudição alcoólica e pseudo-intelectual seboso e burguês. Poeta gosta mesmo de humanismo de resultados. De pegar no breu. A luta continua!
Artigo Décimo-Segundo
Poeta pode ser Professor, Torneiro-Mecânico, Operário, Jardineiro, Fabricante de Bonecas, Vigia-Noturno, Engolidor de Fogo, Entregador de Raposas, Dono de Bar ou Encantador de Freiras Indecisas. Poeta só não poderá ser passional, insensível, frio ou interesseiro. Ao poeta cabe apenas o favo de Criar. O poeta escreve torto por linhas tortas (um gauche), poesilhas (poesia rueira e descalça) e ficção-angústia. Escreve (despoja-se) para não ficar louco...para livrar do que sente. O Poeta, afinal, é um “Sentidor”
Artigo Décimo-Terceiro
Se algum Poeta for acusado levianamente de alguma eventual infração ou crime, a dúvida o livrará. E se o Poeta dizer-se inocente isso superará palavras acima de todos e sua fala será sentença e lei. A ótica do Poeta está acima de qualquer suspeita, e ele sempre é de per-si mesmo o local do crime da viagem de existir. Mas pode colaborar com as autoridades, cometendo um crime perfeito. Afinal, só os imbecis são felizes.
Parágrafo Único
Poeta não erra. Refaz percursos. Poeta não mente. Inventa o inexistente, traduz o impossível, delata o devir. Poeta não morre. Estréia no céu.
Artigo Décimo-Quarto
Aos Poetas serão abertas todas as portas, até as invisíveis aos olhos vesgos e comuns dos mortais anônimos, serão abertos todos os olhos, todas as almas, todos os caminhos, todas as chamas, todos os cântaros de lágrimas e desejos, todos os segredos dessa dimensão ou fora dela, num desespelho de matizes.
Artigo Décimo-Quinto
A primeira flor da primeira aurora de cada dia novo, será declarada de propriedade do Poeta da rua, do bairro, do país ou de qualquer próximo Poeta a confeitar como louco, como ermitão ou pioneiro, de vanguarda. Em caso de naufrágio ou incêndio, poetas e grávidas primeiro
Artigo Décimo-Sexto
Não existe Poeta moderno, clássico, quadrado, matemático como pelotão de isolamento, ou só aleijado por dentro, pois as flores e os rios não nascem nunca iguais aos outros, sósias, nem os poemas são tijolos formais. Nenhum Poeta poderá produzir só por estética, rima ou lucro fóssil. Poesia não é para ser vendida, mas para ser dada de graça. Um troco, um soneto, uma gorjeta, um haikai, um fiado pago, uns versos brancos, um salário do pecado, um mantra-banzo-blues. E todo alumbramento é uma meia viagem pra Pasárgada.
Poeta é tudo a mesma coisa, com maior ou menor grau de sofrimento e lições de sabedoria dessas sofrências, portanto, com carga maior ou menor de visão, lucidez, sensoriedade canalizada entre o emocional e o racional, de acordo com a sua bagagem, seu vivenciar, seu prisma existencialista de bon vivant. Poeta há entre os que pensam e os que pensam que pensam. Entre os que são e os que pensam que são. A todos é dado a estrada de tijolos amarelos para a empreita de uma caminhada que o madurará paulatinamente. Ou não. Todo poeta é aprendiz de si mesmo, em busca de uma pegada íntima, e escreve para oxigenar a alma. Afinal, são todos sementes, e sabem que precisam ser flores e frutos, para recriarem, para sempre, a eterna primavera.
Todo aquele que se disser Poeta, assim o será, ou assim haverá de ser
Parágrafo Um
O verdadeiro Poeta não acredita em Arte que não seja Libertação. Saravá, Manuel Bandeira!
Parágrafo Dois
Poeta bebe porque é líquido. Se fosse sólido comia.
Parágrafo Três
Poeta é como a cana. Mesmo cortado, ralado, amassado, ao ser posto na moenda dos dias, ainda assim tem que dar açúcar-poesia
Inciso Um
Poeta também bebe para tornar as pessoas mais interessantes.
Parágrafo quatro
Poeta não viaja. Poeta bebe. E todo Poeta sabe, que o fígado faz mal à bebida.
Artigo Décimo-Sétimo
Poeta terá que ser rueiro como pétala de cristal sacro, frequentador de barzinhos como anjo notívago, freguês de saunas mistas como recolhedor de essências, plantador de trigais amarelos como iluminador de cenários, cevador de canteiros entre casebres de bosquíanos, entre o arado e a estrela, um arauto pós-moderno como declamador de salmos contemporâneos entre extraterrestres.
Parágrafo Único
Poeta rico deverá ainda mais amar o próximo como se a si mesmo, ajudando os fracos e oprimidos, os Sem Terra, Sem Teto, Sem Amor, para então se restar bem-aventurado e poder escrever cânticos sobre a condição humana no livro da vida. Poeta é antena da época. E o neoholocausto do liberalismo globalizador é o câncer que ergue e destrói coisas belas.
Artigo Décimo-Oitavo
A todo Poeta andarilho e peregrino como Cristo, São Francisco ou Gandhi, será dado seu quinhão de afeto, sua porção de Lar, seu travesseiro de pétalas de luz. Quem negar candeia, azeite e abrigo ao Poeta, nunca terá paz por séculos de gerações seguintes abandonadas entre o abismo e a ponte para a Terra do Nunca. Quem abrigar um Poeta, ganhará mais um anjo-da-guarda no coração do clã que então será abençoado até os fins dos tempos.
Parágrafo único
O sábio discute sabedoria com um outro sábio. Com um humilde o sábio aprende.
Artigo Décimo-Nono
Poeta poderá andar vestido como quiser, com chapéus de nuvens, pés de estrelas binárias ou mantras de ninhos de borboletas. Nenhum Poeta será criticado por fazer-se de louco pois os loucos herdarão a terra e são enviados dos deuses. “Deus deve amar os loucos/Criou-os tão poucos...” - Um Poeta poderá também andar nu, pois assim viemos e assim nos moldamos ao barro-olaria de nosso eio-Éden chamado Planeta Água. E a estética para o poeta não significa muito, somente o conteúdo é essência infinital.
Artigo Vigésimo
Poeta gosta de luxo também, mas deve lutar por uma paz social, sabendo a real grandeza bela de ser simples como vôo de pássaro, simples como pouso em hangar fantástico, simples como beira de rio ou vão de cerca de tabuínha verde. Só há pureza no simples.
Artigo Vigésimo-Primeiro
Nenhum Poeta, em tempo algum, por qualquer motivo deverá ser convocado para qualquer batalha, luta ou guerra. Mas poderá fazer revoluções sem violência. Poderá também ser solicitado para ser arauto da paz, enfermeiro de varizes da alma ou envernizador de cicatrizes no coração, oferecendo, confidente, um ombro amigo, um abraço de ternura, um adeus escondido feito recolhedor de aprendizados ou visitador de bençãos, ou ser circunstancialmente um rascunhador clandestino de alguma ridícula carta de suicida.
Artigo Vigésimo-Segundo
Mentira para o Poeta significa cruz certa. Aliás, poeta na verdade nunca mente, só inventa verdades tecnicamente inteiras e filosoficamente sistêmicas...
Artigo Vigésimo-Terceiro
Musa-Vítima do Poeta será enfermeira, psicóloga, amante, mulher-bandeira, berço esplêndido, Santa. Terá que ser acima de todas as convenções formais, pau para toda obra. No amor e na dor, na alegria e na tristeza, até num possível pacto de morte.
Artigo Vigésimo-Quarto
Poeta não paga pensão alimentícia. Ou se está com ele ou contra ele. Filha e sobrevivente de uma relação qualquer, ficarão sob sua guarda direta e imediata. Ex-Mulheres serão para sempre águas passadas que não movem moinhos, como velas ao vento de uma Nau Catarineta qualquer, como exercícios de abstrações entre cismas, ou como aprendizados de dezelos íntimos de quem procura calma para se coçar.
Artigo Vigésimo-Quinto
Revogam-se todas as disposições em contrário
CUMPRA-SE - DIVULGUE-SE
Brasil, Cinzas, 1998, Lua Cheia – Do jazz nasce a luz!
Poeta Silas Corrêa Leite, Educador e Jornalista – Membro da UBE-União Brasileira de Escritores
(Texto traduzido para o espanhol pela Poeta Dr. Antonio Everardo Glez, de Durango, México) - Breve tradução para o inglês, francês e italiano.
E-mail: poesilas@terra.com.br – site com obras: www.itarare.com.br/silas.htm
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Filosofia Da Cerveja - Essa é Para a Vida Toda

ESSA É PARA A VIDA TODA!
Um professor de filosofia, parou na frente da classe e sem dizer uma palavra,pegou um vidro de maionese vazio e o encheu com pedras de uns 2 cm dediâmetro. Olhou para os alunos, e perguntou se o vidro estava cheio.Todos disseram que sim.Ele então, pegou uma caixa com pedregulhos bem pequenos, jogou-osdentro do vidro agitando-o levemente, os pedregulhos rolaram para osespaços entre as pedras.Tornou a perguntar se o vidro estava cheio.
Os alunos concordaram: agora sim, estava cheio!Dessa vez, pegou uma caixa com areia e despejou dentro do vidropreenchendo o restante.Olhando calmamente para as crianças o professor disse:
-Quero que entendam, que isto, simboliza a vida de cada um de vocês.As pedras, são as coisas importantes: sua família, seus amigos, sua saúde,seus filhos, coisas que preenchem a vida.Os pedregulhos, são as outras coisas que im portam: como o emprego, a casa,um carro...
A areia, representa o resto: as coisas pequenas...Experimentem colocar, a areia primeiro no vidro, e verão que nãocaberá as pedrase os pedregulhos...O mesmo vale para suas vidas.Priorizem, cuidar das pedras, do que realmente importa.Estabeleçam suas prioridades.O resto é só areia!Após ouvirem a mensagem tão profunda, um aluno perguntou ao professor sepoderiapegar o vidro, que todos acreditavam estar cheio, e fez novamente a pergunta:
-Vocês concordam que o vidro esta realmente cheio?Onde responderam, inclusive o professor:- Sim está!
Então, ele derramou uma lata de CERVEJA dentro do vidro.A areia ficou ensopada, pois a cerveja foi preenchendo todos osespaços restantes,e fazendo com que ele, desta vez ficasse realmente cheio.Todos ficaram surpresos e pensativos com a atitude do aluno, incluindoo professor.
ENTÃO ELE EXPLICOU:NÃO IMPORTA O QUANTO SUA VIDA ESTEJA CHEIA DE COISAS E PROBLEMAS, SEMPRE SOBRA ESPAÇO PARA UMA CERVEJINHA !!!!!!!!
Salmo de Cerveja - Cartun do Poeta Silas

Salmo da Cerveja
O isopor é meu pastor
A cerveja não me faltará
Cerveja gelada que estais no bar,
Aguardando a sexta-feira chegar.
Venha a nós o copo cheio.
Seja feita a nossa farra,Assim na sexta como no sábado.
O mé nosso de cada dia nos dai hoje,
Perdoai as nossas bebedeiras,
Assim como nós perdoamos
A quem não tenha bebido.E não nos deixei cair no refrigerante
E livrai-nos da água
Amém !
terça-feira, 5 de maio de 2009
Itarareense é o Cara!

Itarareense é o Cara
01)Itarareense não se apaixona... nutre sentimentos de fogo noturnal por fêmeas pedaçudas.02)Itarareense não faz exercício... queima calorias levantando copos e palitando petiscos.03)Itarareense não bebe... esquenta os neurônios pra criar piadas e bolar poemas e canções.04)Itarareense não come doce... a não ser que a musa seja diabética ou o licor seja de marolo.05)Itarareense não lava louça... a água faz mal pra saúde dos boêmios, Itarareense lava a égua.06)Itarareense não faz comida... serve aperitivos e canta na gandaia feito um paxá.07)Itarareense não tem dor de estômago... tem indisposição fisiológica depois de umas e ostras.08)Itarareense não toma remédio... toma sustos e soro etílico, e quando morre vira andorinha.09)Itarareense não gravidez psicológica...barriga de cerveja não paga pensão alimentícia. 10)Itarareense não tem q.i... tem que ir e vir pois o baile é bom e quem tem que q.i. que vá.11)Itarareense não é universitário... é profissional da noite seresteira em via etílica de treinamento...
12)Itarareense quando toma Coca Cola arrota pum.
13)Itarareense bebe porque é litro, se fosse garrafa tomava de canudinho.
-0-
“Abobrinhas Quando Nascem, se Esparramam Pelo Chão de Itararé”
Silas, poetinha
www.portas-lapsos.zip.net
www.campodetrigocomcorvos.zip.net
E-mail: poesilas@terra.com.br
(Textículo da Série “Eram os Deuses Itarareenses?”)
sexta-feira, 1 de maio de 2009
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